05/04/2022
A árvore biliar intra-hepática é composta por inúmeros ductos que convergem entre si, para a formação dos ductos hepáticos direito e esquerdo, que drenam os lobos direito e esquerdo do fígado.
A união destes dois ductos formam o ducto hepático comum, que ao receber o ducto cístico da vesícula biliar, passa a se denominar colédoco ou ducto biliar comum.
O colédoco drena a bile para o intestino, desembocando na segunda porção do duodeno, no chamado arco duodenal, na papila de Váter, onde se encontra o esfíncter de Oddi, que regula a entrada de bile e suco pancreático no intestino, já que o ducto pancreático ou de Wirsung, também desemboca na papila ou no próprio colédoco, antes da papila.
Lembrar que o ducto biliar comum ou colédoco drena a bile do fígado e é comumente visualizado no hilo hepático, anteriormente à veia porta.
O calibre do colédoco pode medir até 5 mm. Com o aumento da idade, acima de 60 anos, ele pode chegar até 8 mm. É comum se encontrar ducto biliar comum dilatado após colecistectomia.
Sempre que o paciente apresentar icterícia, é necessária a avaliação do fígado, das vias biliares e pâncreas, para diagnóstico da causa.
Pela ultrassonografia não se visualiza normalmente os ductos biliares intra-hepáticos. Somente o ducto biliar comum ou colédoco pode ser visualizado normalmente e com calibre muito fino. Evidentemente, se houver obstrução biliar, os ductos se dilatam e aí sim, podem ser visualizados.
Lembrar que obstruções biliares recentes (menos de 12 horas), podem não apresentar ainda dilatação de vias biliares.
Assim, é necessário o estudo ultrassonográfico seriado para fechar o diagnóstico. Dentre as obstruções de vias biliares, temos aquelas que não provocam icterícia e aquelas que provocam icterícia.
Obstruções que não provocam icterícia: do ducto cístico, que drena a bile da vesícula para o colédoco.
Obstruções que provocam icterícia: do ducto hepático comum, do ducto biliar comum ou do colédoco.
Pela ultrassonografia, estas dilatações podem ser diagnosticadas pela visualização da imagem do “duplo cano”, que significa a dilatação do ducto hepático comum ou do próprio colédoco anteriormente à veia porta, ao nível do hilo hepático.
Causas de obstruções com icterícia:
1) Cálculos: localizados em qualquer porção do ducto hepático comum e do colédoco, inclusive encravado na papila de Váter.
2) Tumor hepático: comprimindo ou invadindo o ducto hepático comum, gerando obstrução.
3) Tumor de colédoco: pode obstruir sua luz.
4) Tumor de papila: é um tumor intestinal, obstruindo a papila de Váter.
5) Tumor de cabeça de pâncreas: tumor pancreático que ocorre em pacientes idosos, obstruindo ou invadindo a papila ou o colédoco.
6) Estenose do colédoco: várias causas, até obstrução por áscaris.
Frequentemente, nos casos acima, é impossível o diagnóstico definitivo, porque os gases intestinais sempre atrapalham o exame desta região. Então, é obrigatória a avaliação da região do hilo hepático, procurando a imagem do “duplo cano”, que representa a veia porta e o ducto hepático comum dilatados.
Não esquecer de outra causa comum de icterícia, que é a hepatite. Porém neste caso, não ocorre dilatação de vias biliares.
Por fim, as dilatações de vias biliares intra-hepáticas:
1) Doença de Caroli: doença genética que causa dilatação segmentar dos ductos intra-hepáticos, levando à estase biliar, colangite, eventuais infecções bacterianas e formação de cálculos que geram sombreamento acústico posterior.
2) Obstruções do colédoco por qualquer causa, como cálculos, estenoses, tumores intrínsecos ou extrínsecos.
3) Colangite esclerosante: inflamação e fibrose de ductos biliares.
4) Adenocarcinoma e carcinoma de células escamosas: em qualquer ducto da árvore biliar intra-hepática, geram dilatações localizadas de graus variados.
5) Tumor de Klatskin: assintomático, carcinoma que aparece como um nódulo sólido na junção dos ductos hepáticos direito e esquerdo. Os sintomas somente aparecem quando já há um acometimento importante do fígado. Neste caso nota-se dilatação somente de vias biliares intra-hepáticas.
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